Confira a lista:
primeiro mito
"O jornalista é ameaçadopelo jornalismo colaborativo"
O jornalismo colaborativo abre um espaço para o cidadão falar e mostrar assuntos e fatos que, muitas vezes, não pode ser explorado pelo jornalista, já que há uma infinidade de notícias e o jornalista não consegue noticiar todos os fatos de uma determinada região."O jornalismo colaborativo prevê a elaboração em conjunto. Não vejo como uma ameaça, não existe a substituição do jornalista", analisa Marcos Palácios, professor da Universidade Federal da Bahia e coordenador do grupo de Pesquisa em Jornalismo On-line da Facom.Caique Severo, diretor de Conteúdo do IG, acredita que o jornalismo colaborativo abre novas possibilidades. "O jornalismo colaborativo não é conflitante ou excludente. Acrescenta-se ao conteúdo natural", afirma.
segundo mito
"No jornalismo on-line hámais independência que em outros meios"
Assim como nos demais meios, o jornalismo on-line também segue uma hierarquia. É o caso de blogs de jornalistas, que possibilitam grande liberdade e independência. Mas se um profissional trabalha em grande veículo e seu site pessoal é conhecido, nem todo conteúdo pode ser bem visto pela empresa em que trabalha.Foi o caso do produtor da CNN, Chez Pazienza, que após publicar um post em que citou a emissora, foi demitido por não pedir autorização para tal citação. A CNN considerou o post ofensivo e afirmou que o produtor, que trabalhava desde 2003 na rede, não pediu autorização para citar o nome da emissora."Nas empresas jornalísticas, on-line, os jornalistas não têm maior liberdade que em outros meios, há diretores e editores, assim como em outros meios", afirma Palácios.
terceiro mito
"Não há espaço para grandes reportagens"
quarto mito
"Quanto mais rápido a matéria sair, melhor"
A pressa pela publicação pode gerar informações distorcidas ou equivocadas. Eventos inesperados, como acidentes são exemplos.No caso do acidente com o vôo 3054 da TAM, as primeiras informações que chegavam pelos portais eram desencontradas. A agência Investnews chegou a afirmar que um "angar" (sic) da TAM havia pegado fogo e fechado o aeroporto."A velocidade do jornalismo on-line é a velocidade da ocorrência dos fatos. Mas não se deve sacrificar a qualidade em favor da velocidade", completa Severo.
quinto mito
"Erros são perdoáveis devido à pressa"
sexto mito
"A barra de rolagem inibe a leitura"
Durante muitos anos, equipes de design primavam por um layout que evitasse ao máximo o "scroll" vertical das páginas. A popularização dos blogs certamente contribuiu para quebrar este paradigma: as primeiras páginas de alguns portais brasileiros trazem conteúdo relevante em áreas bem distantes da manchete principal. Experiências internacionais como o Clarín, da Argentina, ou o 20 minutos, da Espanha.Um artigo do espanhol Eduardo Marchón, consultor de usabilidade, escrito no site Ainda, traz o seguinte trecho: "Nem sempre é preciso evitar o scrollbar. Não deve existir scroll para visualizar os conteúdos visitados mais freqüentemente, mas o resto de conteúdos não existe nenhum problema em que precisem do scroll. Desta forma o scroll passa a ser uma ferramenta de hierarquização dos conteúdos de uma página segundo a sua importância e freqüência de utilização".
sétimo mito
"É preciso muitas imagens para atrair o leitor"
Recursos multimídia não faltam. Imagens são bem vindas, mas, além deste, outros recursos podem ser explorados como vídeos e podcasts. De acordo com pesquisa do Instituto Nielsen o texto chama a atenção do leitor antes das fotos, o oposto do que acontece na mídia impressa.
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